segunda-feira, 21 de julho de 2014

É TEMPO DE DESAPEGO

Geralmente usamos a passagem para um novo ano pra fazer uma faxina geral. Decidi fazer hoje, época um tanto atípica, mas que se faz necessária essa faxina. Decidi que é tempo de desapego! Pronto! Mãos à obra! Comecei de forma diferente, ao invés de começar a faxina pela casa, decidi que eu seria essa casa. O que andava precisando de uma boa limpeza? Comecei pelos pés. Comecei a tirar a poeira de pés que insistiam em andar por terras que não precisavam mais de visitas. Algumas terras já se tornaram independentes e, talvez nem queira que você pise por ali. Então, bati os pés, limpei a poeira e segui rumo a novos horizontes, novas terras e descobertas. Parti em direção ao fígado. Nossa! Quanta toxina você acumulou aqui, pensei. Joguei fora as mágoas, a má alimentação, os rancores, os medos. Joguei água de rosas pra deixá-lo tinindo e aproveitei pra dar um passe de luz. Chegando ao coração encontrei-o agitado. Estava tão sujinho, coitado. Cheio de preocupações, apegos, lembranças... Aproveitei pra separar tudo direitinho. Joguei fora tudo de ruim e só deixei as boas lembranças, os carinhos, o amor, as boas amizades, a caridade, a compaixão e acabei por ocupá-lo quase todo, mas ainda tem um lugar reservado para o novo que virá. Cheguei na mente, mexi com meu espiritual. Misericórdia! Estava uma loucura. Afinal, muita coisa que havia tirado de outros lugares, parecia ter voado pra cá. Demorei muito, mas valeu a pena. Consegui me livrar de muitos entulhos, mas ainda tem muita coisa pra limpar, pra reciclar, pra ver como chegou até aqui e deixei ficar por tanto tempo. Essa crônica surgiu a partir da pergunta de minha prima Demar. "Por que você não continuou a fazer o blog?" Falta de tempo, respondi. Não, não era, era falta de coragem. Obrigada, Demar que, mesmo sem saber, ajudou-me a entrar num novo tempo, no tempo do desapego. AUTORA: LIKA DUTRA

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MÃE DESNECESSÁRIA!

"A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo".
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha interna hercúlea, confesso.
Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todos temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.Antes que alguma mãe apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar o que significa isso.
Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência dos filhos como uma droga ao ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes, prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustações e cometer os próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical, como bem resumiu a psicóloga e educadora Lidia Aratangy no artigo "Maternidade, liberdade, solidariedade".
A cada nova fase, uma nova perda e um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo.
O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e Mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio é a principal missão. Ao aprendermos a ser 'desnecessários', nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar."
(Recebi por e-mail e desconheço o autor).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

EDUCANDO FILHOS

Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr.Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/09.
O palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior. Em pesquisa realizada em março de 2006, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.
· 1º- lugar: Sigmund Freud;
· 2º- lugar: Gustav Jung;
· 3º- Lugar: Içami Tiba
1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.
2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...
3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.
4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.
5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.
6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la.
A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa.
A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.
7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.
8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.
9. É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos.. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.
10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.
11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.
12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga. A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.
13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.
14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.
15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.
17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.
18. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.
19. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.
20. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.
21. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham.
'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.
22. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.
23. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.
24. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.
25. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.
Frase:
"A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, ou que ensina qualquer religião que seja,não vai buscá-lo na cadeia..."

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

LIMPANDO AS LINHAS SOLTAS

Um homem, muito rico, comprou um terno caríssimo. No primeiro dia em que vestiu o terno notou uma linha que pendia na lateral da calça. Sua empregada, sempre solícita, disse que rapidinho daria um jeito.
Ele disse: - Você está louca? Sabe quanto custa uma calça dessas? Você teria que trabalhar pelo menos dois anos para pagar uma!
A empregada afastou-se sem graça e ele decidiu que iria até a empresa responsável pela confecção do terno. Chegou à empresa e falou com a recepcionista que logo o encaminhou ao gerente administrativo. Este, analisou o problema e, o encaminhou ao gerente operacional.
O gerente operacional o encaminhou à diretoria administrativa que o fez parar na diretoria operacional. Todos diziam ser um problema gravíssimo que deveria ser melhor analisado por uma grande equipe. E assim foi até chegar ao presidente que ouviu atentamente o relato do "grave" problema.
Depois de uns 10 minutos o presidente, muito simpático e educado, falou:
- Meu amigo, não tem ninguém melhor que a Dona Maria da oficina de costura para lhe ajudar. Vá até lá que ela tem a solução!
O homem seguiu até a oficina, meio contrariado, pois o presidente, o cargo mais alto da empresa, o tinha encaminhado a um departamento tão simples. Mas, resignado, foi procurar a Dona Maria.
Já na porta da oficina de costura, uma faxineira, que estava no corredor, vendo aquela linha pendurada, correu, enlaçou–a e puxou suavemente tirando o "grave defeito" da calça do terno. Ele, assustado, começou a puxar a calça de um lado para o outro e viu que estava em perfeita condições.
A faxineira ria de seu desespero e explicou:
- Sabe moço, isso se chama limpeza de costura. Às vezes ficam linhas soltas dependuradas que o controle de qualidade não vê. Seu problema era simples e poderia ter sido solucionado pela sua empregada.
O homem, envergonhado, percebeu que, às vezes, as pessoas que estão perto de nós, sabem tanto quanto um presidente de uma grande empresa. Entendeu que não damos o merecido valor àqueles que estão ao nosso lado, na luta diária, e estendemos oportunidades pagando caríssimo por um trabalho profissional por não confiarmos na capacidade daqueles que aprendem, ensinam e ajudam a fazer o nosso dia melhor!
Na nossa vida não é diferente. Deixamos linhas soltas, que poderiam ser facilmente retiradas, impedirem o nosso progresso. Damos importância demais aos detalhes e pouca importância ao conjunto.
Falamos coisas sem pensar, lançamos palavras que voltam mais poderosas. Esquecemos que a maldade, a vingança, o ciúme e a inveja são venenos que tomamos, quase que diariamente, esperando que o outro morra! Pense nisso!
Autora: Lika Dutra

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Caminho do Amor

Pra que você se casou? Para ser feliz ou fazer alguém feliz? Qual seria a resposta certa?
Num relacionamento, muitas vezes fazer alguém feliz leva a anulação de algo ou de si mesma. Mas, como ser feliz, fazendo alguém feliz, sem anular-se?
Encontrei a resposta num texto de Paulo Coelho, intitulado "Procure o seu caminho", o qual transcrevo abaixo:
"O caminho da sabedoria não é ter medo de errar. Quando alguém encontra seu caminho, precisa ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, os desânimos são ferramentas que Deus utiliza pra mostrar a estrada. O medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento. Nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca de seus sonhos. É preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros. Nenhuma pessoa é capaz de escolher sem medo. Tudo que é novo incomoda. A vida nos pega desprevenidos e nos obriga a caminhar para o desconhecido, mesmo quando não queremos... Mesmo quando não precisamos. A cada momento de nossa existência temos que escolher entre um caminho e outro. Uma simples decisão pode afetar uma pessoa para o resto da vida. Somos responsáveis por tudo que acontece neste mundo. Com a força do amor, de nossa vontade, podemos mudar o nosso destino, e o destino de muita gente."
Então, viva a felicidade seguindo seus próprios caminhos e também dando a mão àqueles que procuram caminhar contigo, mesmo que para um o caminho seja mais cheio de obstáculos, espere, com paciência, que o outro supere e passe a caminhar lado a lado.
Autora: Lika Dutra